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Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS)



O que é o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS)? Fizemos um texto completo baseado no artigo GMFCS – E & R Sistema de Classificação da Função Motora Grossa Ampliado e Revisto.


O Sistema de Classificação da Função Motora Grossa é uma ferramenta que nos auxilia a entender e classificar a função motora de crianças e jovens com paralisia cerebral. Ele é baseado no movimento voluntário, com foco em habilidades como sentar, transferir-se e se locomover.


A classificação é dividida em cinco níveis, com a intenção de que as diferenças entre eles sejam significativas na vida diária. Essas distinções são baseadas em limitações funcionais, na necessidade de dispositivos de mobilidade (como andadores, muletas ou cadeiras de rodas) e, em menor grau, na qualidade do movimento.


É importante ressaltar que as distinções entre os Níveis I e II podem ser menos claras, principalmente em crianças com menos de dois anos de idade.


Versão expandida do GMFCS de 2007


Uma versão expandida do GMFCS, implementada em 2007, inclui jovens entre 12 e 18 anos de idade e enfatiza os conceitos da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde da Organização Mundial da Saúde (CIF).


É essencial considerar o impacto que fatores ambientais e pessoais podem ter na observação do desempenho das crianças e jovens ou no que eles relatam ser capazes de fazer.


Para que ser o GMFCS?


O foco do GMFCS é determinar o nível que melhor representa as habilidades e limitações na função motora grossa da criança ou jovem.


A ênfase deve ser no desempenho habitual em casa, na escola e na comunidade, ou seja, no que eles realmente fazem, ao invés de se basear apenas na capacidade teórica.


Portanto, é importante classificar o desempenho atual da função motora grossa, sem julgar a qualidade do movimento ou fazer prognósticos de melhora.


Cada nível se concentra no método de mobilidade mais característico após os 6 anos de idade.



Sistema de Classificação da Função Motora Grossa
Sistema de Classificação da Função Motora Grossa


Classificação da Função Motora Grossa: características gerais


As descrições das habilidades e limitações funcionais para cada faixa etária são amplas e não pretendem abranger todos os aspectos da função individual de cada criança ou jovem. Por exemplo, um bebê com hemiplegia que não consegue engatinhar, mas que se encaixa na descrição do Nível I (ou seja, é capaz de puxar-se para ficar em pé e andar), seria classificado no Nível I.


Cada nível do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) apresenta características distintas em relação à mobilidade e ao uso de dispositivos de auxílio. Vamos explorar cada um dos níveis:


NÍVEL I

Anda sem limitações: Neste nível, a criança ou jovem é capaz de se movimentar de forma independente, sem restrições significativas. Eles têm controle postural adequado e são capazes de andar em diferentes superfícies e ambientes. Podem realizar atividades como subir escadas, correr e pular, com habilidades motoras semelhantes às de crianças sem paralisia cerebral.


NÍVEL II

Anda com limitações: Neste nível, a criança ou jovem apresenta algumas limitações na mobilidade. Eles podem precisar de dispositivos de auxílio, como andadores, muletas ou bengalas, para se locomover com segurança e eficiência. Embora ainda sejam capazes de andar, podem apresentar dificuldades em superfícies irregulares, escadas ou em longas distâncias. A habilidade de correr e pular pode ser limitada.


NÍVEL III

Anda utilizando um dispositivo manual de mobilidade: Neste nível, a criança ou jovem depende de dispositivos manuais de mobilidade para se locomover. Isso pode incluir cadeiras de rodas manuais ou outros equipamentos similares. Eles podem ser capazes de se transferir de forma independente, mas a mobilidade é significativamente afetada e limitada em relação àqueles nos níveis anteriores.


NÍVEL IV

Auto-mobilidade com limitações; pode utilizar mobilidade motorizada: No Nível IV, a criança ou jovem tem a capacidade limitada de se mover e dependerá fortemente de dispositivos de auxílio para a mobilidade. Além das cadeiras de rodas manuais, eles podem usar mobilidade motorizada, como cadeiras de rodas elétricas, para se deslocar. A mobilidade é restrita, mesmo com o uso de dispositivos, e a independência nas atividades diárias é limitada.


NÍVEL V

Transportado em uma cadeira de rodas manual: Neste nível, a criança ou jovem depende completamente de uma cadeira de rodas manual para a mobilidade. Eles não têm capacidade de se locomover de forma independente e requerem assistência para se deslocar. A mobilidade é extremamente limitada e a dependência de cuidadores é alta.


É importante ressaltar!


Vale ressaltar que o GMFCS é uma escala ordinal, não havendo a intenção de que as distâncias entre os níveis sejam iguais ou que as crianças e jovens com paralisia cerebral estejam igualmente distribuídas nos cinco níveis.




Um resumo das distinções entre cada par de níveis é fornecido para auxiliar na determinação do nível que mais se assemelha à função motora de cada indivíduo.


Dúvidas? Fale com a Clínica Rehabilitar.


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